sexta-feira, 24 de setembro de 2010

The Load - Have Mercy (1977)

Ao que parece estou de volta (enquanto a MB ajudar) e para começar  a comemoração do meu retorno as minhas atividades de divulgação, tenho a honra e o prazer de expressamente indicar aos amigos e visitantes desse mukifu, um trabalho exemplar divulgado pelo Grande Amigo e Parceiro FaustoDevil responsável pelo excelente Blog HOFMANNSTOLL.

Refiro-me ao excelente segundo e último álbum da banda estadunidense THE LOAD, "Have Mercy". Esse trio faz um som progressivo, com meticulosas e bem dosadas pitadas de fusion, psicodelia, além de uma  forte influência da música erudita, influência essa, comum a muitas bandas de Prog., mas que nos teclados de Sterling Smith, assumem uma personalidade muito particular e forte. Seu irmão o baterista Tom Smith detém uma habilidade e técnica igualmente exemplar, merecendo por parte do ouvinte, uma atenção especial aos seus solos e suas sutis e pertinentes criações ao longo das nove faixas. O baixista e guitarrista Dave Hessler não fica a dever absolutamente nada. Sempre presente, seja no baixo ou nas guitarras o cara sabe o que faz. Seus solos são limpos, criativos e empolgantes, participando ativamente na estrutura dos andamentos das composições.

Para ser sincero, fazia algum tempo que não tinha o privilégio de ouvir um álbum tão bom e refinado. A WEB está repleta de "velhas novidades" e algumas, sinceramente nem deveriam receber qualquer menção. Mas felizmente não é esse o caso desse álbum. A faixa "Mobilized" é fantástica, e na minha singela opinião guarda alguma leve semelhança sonora com o Finch, com um leve tempero tipico da Holanda, regado com excelentes teclados, uma bateria muito competente e habilidosa, guitarras magistrais e um baixo preciso e encorpado. Minhas faixas preferidas além da "Mobilized", são: "Something Suite" onde aquela abertura ao estilo Escocês é belíssima, para depois descambar no mais puro fusion, com direito a um longo solo de batera igualmente perfeito; 'Richter Scale" é uma composição simplesmente invejável (que arranjo), uma viagem pelo prog-rock com belíssimos e originais andamentos eruditos (uma verdadeira jóia); "Too Much To Believe" embora o vocal não faça justiça a composição, ao contrário do resultado obtido com a faixa "Choice", a viagem de teclados é fascinante (as vezes o clima da composição me faz lembrar um pouco o Eloy nos primeiros álbuns) mas no entanto, a obra flui com inegável e marcante personalidade. O mais genial é que sem que se espere, momentos depois, estamos novamente percorrendo os caminhos da música erudita (com um stéreo muito bem explorado); "Eitel's Lament" com sua abertura sombria ao estilo Anglagard, após os 7 minutos iniciais, em razão das belas guitarras que sustentam um clima mais otimista, somos pouco depois (aos 9 minutos), irremediavelmente invadidos pela angustia e desespero pelos profundos acordes do teclado, encerrando a composição e o álbum no melhor estilo do progressivo.

Trata-se de um álbum belíssimo, refinado e raro, que não pode deixar de ser degustado por quem gosta de um bom Prog. Mais uma vez o excelente Blog HOFMANNSTOLL, generosamente divulga mais uma preciosidade musical. Recomendo também a audição do primeiro álbum da banda. Embora não possua o brilho instrumental da obra em tela, mas ainda assim poderá agradar aos visitantes.
Parabéns ao Amigo e parceiro FaustoDevil!





Have Mercy

Faixas:
01. Mobilized
02. One Is Gone
03. Something Suite
04. Richter Scale
05. Interstellar Debris
06. The Narrows
07. Choices
08. Too Much To Believe
09. Eitel's Lament (BONUS)

Músicos:
Sterling Smith: Teclados e Vocal
Dave Hessler: baixo e Guitarra
Tom Smith: Bateria