quarta-feira, 21 de julho de 2010

Jane - Here We Are (1973)

Dando continuidade a grande parceria entre esse mukifu e o excelente blog HOFMANNSTOLL do parceiro e amigo Faustodevil, sugiro ao visitante-leitor, a imediata visita ao HOFMANNSTOLL, visando desfrutar, não apenas da oportunidade de conhecer mais esse maravilhoso trabalho do Jane, como também, aproveitar dos excepcionais comentários e conhecimentos dos amigos Roderick Verden e Faustodevil, que enriquecem e dignificam ainda mais, a difícil e nobre arte da divulgação musical pelos blogs que se empenham em divulgar textos de altíssima qualidade, proporcionando aos visitantes informações pertinentes, exemplares e robustas.

Muito obrigado amigo Fausto, por ter prontamente se dedicado a divulgar essa jóia, que agora poderei finalmente conhecer. Quando o amigo Roderick Verden, brilhantemente dissertou sobre esse álbum, fiquei profundamente interessado em conhecer esse trabalho.  

Não perca mais tempo, visite agora mesmo o blog HOFMANNSTOLL e constate que não estou exagerando.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

OS BLOG NÃO PRATICAM A “PIRATARIA”, SÃO DIVULGADORES FUNDAMENTAIS PARA A PRESERVAÇÃO DA MÚSICA DE QUALIDADE

A presente matéria surgiu de uma troca de idéias com o amigo e parceiro Luiz Carlos Barata Cichetto, (dono do magnífico Site 'A Barata'), que me sugeriu um texto mais detalhado, com o objetivo de divulgá-lo em seu magnífico Site e em sua Revista e assim, tentar estabelecer um  debate sobre o tema.

1- INTRODUÇÃO

Como o próprio título já induz, tentarei estabelecer a natureza desses dois conceitos absolutamente distintos, mas que infelizmente não são assim compreendidos pelas gravadoras, pelos artistas ou mesmo por aqueles que se utilizam do material divulgado (o próprio internauta).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Jane - Jane III (1974)

Esse é o terceiro álbum dessa genial banda alemã, que possui uma consistente discografia composta por: (1972) 'Together', (1973) 'Here We Are', (1974) 'Jane III', (1975) 'Lady', (1976) 'live at home', (1976) 'Fire, water, earth & air', (1977) 'Between Heaven And Hell', (1978) 'Age of Madness', (1979) 'Sign No. 9', (2002) 'Genuine', (2009) 'Traces'.

Infelizmente só possuo o 1º e o 3º álbuns, desconhecendo completamente os demais trabalhos, cheguei a escutar (na casa de amigos) alguns poucos trabalhos, mas isso foi no tempo em que as aves tinham dentes e naquela época, somente me interessei pelos dois álbuns anteriormente citados. Tal fato, me desqualifica para tecer qualquer comentário relevante acerca dessa banda, pois se o fizesse, certamente seriam comentários desprovidos de conteúdo, tendenciosos e por tal razão imprestáveis.

Por reconhecer minha imperdoável ignorância e limitação, convidei o grande amigo Roderick Verden, que tive o privilégio de conhecer aqui nesse mukifu, para realizar uma resenha  mais consistente. Roderick, não se furtou em compartilhar conosco de seus conhecimentos e elegantemente aceitou o convite, generosamente escrevendo:

"E a banda Jane grava seu terceiro álbum,"Jane III". Um trabalho bem mais hard rock que os anteriores, tanto que não há tecladista, o único teclado que escutamos é um piano tocado pelo guitarrista Wolfgang Krautz. As guitarras predominam.

O baixista Charly Maucher, que participou do "Together", volta à banda, e desta vez é o lead vocalista. Muito apreciado pelos fans da banda, "Jane III", a meu ver, mesmo sendo um bom e diferente trabalho, não é dos melhores álbuns gravados pelo grupo.

As duas primeiras faixas foram muito executadas na Rádio Cultura, de BH. E a segunda, "Mother, You don't know" é minha preferida, com um riff bem pesado de guitarra (parecido com "When You're In", do Pink Floyd).

A capa é belíssima, sendo que a mulher da foto parece com a atriz terrorífica, Ingrid Pitt. Tenho o vinil nacional, comprado em 1976, quando eu possuia, no máximo, uns 50 lps.

O Jane é um grupo bem peculiar. Além das mudanças constantes na formação, ocorreu igualmente mudanças no seu som. Enquanto no primeiro disco (Together) não havia música instrumental, no segundo gravaram três, sendo que uma delas é a faixa de abertura.

No primeiro, eles tinham um vocalista, que só ficava por conta de segurar um microfone (rs), no segundo, o vocal é feito pelo baterista. Tal álbum contém talvez a melhor música do grupo: "Out on the Rain", é o que costumo chamar de balada progressiva, com refrão contagiante, um mellotron que dá um clima viajante e um belíssimo solo de guitarra. Em duas das faixas instrumentais, escutamos vozes femininas. Não é um disco tão ousado como o "Together", de músicas mais curtas e de pouco tempo de audição (no máximo 33 minutos), mas é um belo disco.

No disco seguinte, "Lady", voltam a ter tecladista, e é esse que faz o vocal (a meu ver, o pior cantor que já passou pelo Jane). Na parte das teclas, o orgão continua predominando, mas escutamos piano elétrico (o Jane nunca foi muito de usar piano) em duas faixas, há a presença de sintetizador tb. As músicas são um pouco mais curtas e simples.

Em 1976, Jane gravou um álbum duplo ao vivo, cuja grande novidade (coisa rara em discos ao vivo) é que metade dele é composto de faixas inéditas. Nas músicas conhecidas, não há nada demais, já que o Jane não é muito de improvisar, mas as inéditas são ótimas, uma delas é uma suite que ocupa um lado todo do LP. Uma das características do rock alemão, é que quase sempre é formado de bandas loucas, o Jane não o é, sua música não é bem humorada.

Já o "Fire, Water...", na minha execrável opinião, é o mais progressivo de todos, tipo Space Rock, com muito sintetizador. Desta vez, o guitarrista assume os vocais.  Em 1977 lançaram o ótimo "Between Heaven and Hell". Neste álbum, pela primeira vez o Jane nos apresenta uma suite, que ocupa todo um lado do LP, uma música experimental e soturna, com aquele toque hard-prog da banda. Mas, minha preferida é "Twilight". Se alguém pedisse que eu indicasse uma música que revela bem como é o estilo do Jane, indicaria a citada faixa: hard rock progressivo, com belas variações...

Daí em diante, o grupo continua a nos surpreender, no "Age of Madness", o ecletismo chega a tal ponto, que nem parece ser um disco de uma banda só, parece aqueles discos com uns 5 conjuntos. Há quem não goste desse álbum, eu adoro!

Dos anos 80, só conheço bem dois álbuns. O de 1980 é bem querido pelo público, mas tem as características de certos discos oitentistas: músicas mais simples e comercias, com solos curtos, embora ainda haja melodias sofisticadas, e, pela segunda vez, ingressa no Jane, um cantor segurador de microfone (rs), que faleceu pouco tempo depois da gravação do disco. O trabalho de 1982, é bem curioso tb, pois o grupo se tornou um trio. O baixista/vocalista, que participou do "Jane III", volta, e o som é bem pesado, porém com músicas mais curtas e solos idem- sem teclados.

Tenho dificuldade em escolher um disco melhor do Jane. Talvez seria o "Fire, Water, Earth & Air" (pena que o meu cd é mal gravado-som muito baixo). O "Together" é um dos melhores, um típico disco setentista prog/hard, estilo seguido pelo Jane.

Um disco bem subestimado do grupo, é o "Sign No 9". Não fiz fé quando percebi que o Jane estava sem tecladista, mas o grande Klaus Hess saiu-se bem nos teclados. Adoro tal disco.

Pelo grupo passaram muitos bons músicos; os teclados sempre foram importantes no som da banda; o saudoso baterista Peter Panka não pode ser ignorado, mas "Jane" sem Klaus Hess não é Jane. Penso que se não fosse ele, o grupo não decolava. O homem carregou o "Jane" nas costas.

Um detalhe interessante. O "Jane" foi especialista em nos apresentar cantores, digamos, não tão bons assim...rs. A parte vocal nunca foi grandes coisas, eu penso. Na minha humilde opinião, seu vocalista de voz mais agradável, foi o discreto baixista Martin Hesse"
.


Muito obrigado caríssimo amigo Roderick Verden! Não tenho palavras para agradecer-lhe pela sua generosa contribuição, que com certeza em muito enriquece o conteúdo desse insignificante mukifu. Foi uma honra poder contar com sua generosa participação, além de poder desfrutar de seus valiosos conhecimentos. 
Mais uma vez obrigado! Salvas-te essa postagem, pois sem a sua colaboração, o material permaneceria indefinidamente no servidor hospedeiro, pois como mencionei na abertura da postagem, não possuo o seu  vasto conhecimento, necessário a elaboração dessa primorosa resenha.

Jane III (1974)

Músicas:
01. Comin' Again
02. Mother, You Don't Know Me
03. I Need You
04. Way To Paradise
05. Early In The Morning
06. Jane-Session
07. Rock'N'Roll Star
08. King Of Thule
09. Baby, What You're Doin'

Músicos:
Klaus Hess: Guitarras
Wolfgang Krantz: Guitarras, Piano
Charly Maucher: Baixo, Vocal
Peter Panka: Bateria, Percussão, Vocal

[Obrigado = Thanks]

domingo, 4 de julho de 2010

Grand Funk Railroad - Caught In The Act - (1975)

Já faz um bom tempo, que quero divulgar uma banda de puro Rock'n'Roll. Infelizmente meu acervo pessoal não é robusto o suficiente para que eu possa divulgar, pelo menos, uma banda por mês. Depois de muito ponderar, aproveitando-me da inauguração do marcador dedicado aos álbuns Ao Vivo, decidí-me pelo excelente 'Caught In The Act', dessa genial banda Norte Americana, que originalmente foi lançado sob a forma de álbum duplo.

Dessa vez, não me atreverei a elaborar nenhum histórico dessa genial banda. A história é relativamente longa e a banda Grand Funk Railroad, merece um texto de qualidade, somente possível através de uma leitura mais aprofundada.

Ao longo de minhas pesquisas, deparei-me como um excelente Histórico dessa banda (em português), extraída da saudosa e no meu entender, a melhor publicação de Rock e Progressivo já lançada no Brasil. Refiro-me a Revista “Rock, a História e a Glória”, editada no Rio de Janeiro, nos anos 70 e alguma coisa, por feras como Ana Maria Bahiana, Tarik de Souza, Okky de Souza e Ezequiel Neves. Até hoje ainda guardo alguns exemplares que tive a oportunidade e a felicidade de adquirir na época, mas estão tão "bem guardados" que não consegui localizá-los para informar o ano exato da publicação. Em fim, quem quiser ler um pouco sobre a história do Grand Funk deve visitar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grand_Funk_Railroad

Aqui vou abrir um espaço para oferecer uma dica imperdível para o pessoal que deseja conhecer um pouco mais da história daquela genial revista de Rock. Visite o excelente site  "abarata" na seção "A Arca da Barata":
Neste site, além de uma excelente descrição da revista “Rock, a História e a Glória”, existem impagáveis e inteligentes matérias sobre a vida na "Era Pré-Internética", (termo brilhantemente criado pelo autor do site) Luiz Carlos "Barata" Cichetto. Vale a pena visitar e relembrar os bons tempos que não voltam mais, principalmente se o visitante possuir mais de 40 anos. Se por outro lado, o visitante for mais  novo,  certamente se surpreenderá com a possibilidade de vida  na "Era Pré-Internética". Não deixe de vasculhar criteriosamente este agradável e raro espaço. O site é vasto e tem muito material de excelente qualidade, onde são abordados os mais variados temas, abrangendo, literatura, música, filmes, política e muito mais.   

Mas voltemos ao álbum 'Caught In The Act', que na minha insignificante opinião, é um dos melhores trabalhos ao Vivo que conheço, álbum onde o bom e velho Rock'n'Roll, é apresentado com toda a sua explosiva , energética e devastadora vibração de alegria. Não faltam momentos memoráveis das guitarras de Mark Farner, da bateria de Don Brewer, dos baixos de Mel Shacher, dos teclados de Craig Frost e do genial arranjo vocal que permeia toda a referida obra.

A começar pela qualidade e originalidade da capa e da contra capa, compostas por um belíssimo mosaico de fotos dos shows da turne de 1975, tudo nesse álbum me parece perfeito. Pena que na versão em CD, boa parte do impacto das fotos é ofuscado pelo reduzido tamanho das imagens. Outro ponto a ser mencionado é a exemplar qualidade da gravação, ainda tenho meu LP duplo, versão Americana, e ao colocá-lo para rodar, parece que estamos na platéia, a poucos metros do palco.

O repertório escolhido para formar esse magnífico álbum, em linhas gerais foi muito bem montado, abrangendo verdadeiros clássicos do Rock'n'Roll, que ilustram com exemplar fidelidade o perfil sonoro dessa genial banda. Claro que ficaram de fora algumas obras igualmente importantes do Grand Funk, e em seu lugar colocaram algumas canções mais comerciais, mas isso não reduz o brilho desse magnífico e imperdível álbum. Um verdadeiro clássico dentre os álbuns ao Vivo. Esse álbum traz a melhor versão que já escutei na minha vida da música 'Gimme Shelter'.

Espero que apreciem.

Caught In The Act - (1975)

Músicas:
01. Foot Stompin' Music'
02. Rock & Roll Soul
03. Closer To Home
04. Heartbreacker
05. Some Kind Of Wonderful
06. Shinin' On
07. The Loco-Motion
08. Black Licorice
09. The Railroad
10. We're An American Band
11. T.N.U.C.
12. Inside Looking Out
13. Gimme Shelter (M.Jagger & K. Richards)

Músicos:
Mark Farner: Guitarra, Vocal, Orgão, Harp
Don Brewer: Bateria, Vocal
Mel Shacher: Baixo, backing vocal
Craig Frost: Teclados, backing vocal
The Funkettes: Lorraine Feather e Jana

[Obrigado = Thanks]